O ponto de virada do empreendedorismo

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O ponto de virada do empreendedorismo

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19 de maio de 2021

Como eu troquei 20 anos de mundo corporativo por um futuro empreendedor

Sabe aquela série, filme ou novela que você gosta de assistir? Cada capítulo, episódio e produção é cheio de plot twists, pontos de virada que tornam a história instigante. De certo modo, passei a planejar a minha carreira de uma maneira diferente. Comecei a enxergar metaforicamente como um roteiro. Foram 20 anos de tramas e o ponto de virada da história começou a acontecer.

Chegar ao ponto de virada foi um processo cultivado lentamente. Estava desde 1997 na Datasul, referência em tecnologia e no mercado de software de gestão, em Joinville. Foi onde conheci minhas futuras sócias, Tania Dagostim e Elisangela Laumann, onde me desenvolvi, construí relacionamentos pessoais e profissionais e tive meu período mais longo de crescimento. 

A Datasul foi comprada pela Totvs, maior empresa de tecnologia da América Latina. Com a fusão, me mudei para São Paulo com meu marido Gilsinei Hansen e meu filho Leonardo, um dos motivos que me levou ao empreendedorismo.

Isso significou mais oportunidades e desenvolvimento. Por outro lado, naquele momento, o Léo tinha apenas um ano e meio de idade e dependia muito de mim. Além disso, tinha acabado de me mudar para uma cidade nova, onde eu não conhecia ninguém e estava passando por uma adaptação cultural. 

Então, foi desafiador equilibrar a carreira de executiva com ser mãe, ser mulher, com ser eu mesma. Faltavam horas de sono. Ao mesmo tempo, uma inquietação crescia dentro de mim. Eu não me sentia realizada profissionalmente. O trabalho já não me levava para onde queria chegar. A conta não fechava.

Até que chegou um momento em que fiz uma escolha. E esse foi o ponto mais custoso do meu processo: a decisão de sair da TOTVS. 

Como abrir mão de 15 anos estabelecidos em uma empresa sólida, com um legado de desenvolvimento intelectual e de relacionamento com colegas e clientes?

Foi muito difícil tomar essa decisão. Até então, pensava que minha insatisfação poderia ser a função que desempenhava. Ou que talvez outro mercado ou modelo de negócios seriam a solução.

Por isso, ao deixar a TOTVS, comecei a trabalhar em uma startup, em um mercado e com um modelo de negócio diferente, assumindo novos desafios e responsabilidades. Ali permaneci por 8 meses. Mas, a inquietação persistiu e eu precisei lidar com ela. Afinal, até encontrar o caminho do empreendedorismo, atravessamos um deserto. Na semana que vem contarei como atravessei esse momento.

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